Monte Rushmore – A face rochosa do poder.





   Ídolos e símbolos que evocam, representam, substituem,   ou  em contexto algo abstrato fazem parte da história de diversos povos e nações. Com intuito de perpetuar seus ideais, imagens são expostas exaltando momentos de conquista e vitória ou de superação em difícil luta.
         Esculturas gigantescas são conhecidas desde milhares de anos e nos remetem ao Egito Antigo “Continente Negro” – no entanto a história moderna também reserva espaço para seus atuais ícones. 
         Conheceremos hoje a história grandiosa de um desejo patriótico, capaz de alterar permanentemente a face natural de uma montanha – não entrarei no mérito da preservação do meio, o que foi feito esta feito.

Localização
Localizado em Keystone na Dakota do Sul, o Memorial Nacional do Monte Rushmore é parada certa e tradicional para quem viaja buscando a história de seu país e um dos motivos de tamanha atratividade é a escultura dos rostos de quatro dos presidentes dos EUA, cada qual responsável por feitos grandiosos durante seus mandatos. George Washington foi o primeiro presidente, Thomas Jefferson autor da declaração da independência, já Theodore Roosevelt ampliou conhecimento e liberdade de expressão e Abraham Lincoln lutou pela paz e integração do país no período da dura guerra civil.

O projeto
Idealizado por um ex-aluno do grande escultor francês Auguste Rodin, o dinamarquês-americano Gutzon Borglum - pintor e escultor – e continuado por seu filho Lincoln Borglum o projeto foi direcionado para a região de Black Hills, após a decisão do primeiro busto a ser construído os trabalhos foram iniciados em 1899 com a instalação de andaimes e suportes de sustentação, no entanto, o financiamento federal permitiu o inicio apenas em 1927 e pelo período de 14 anos a obra foi conduzida, finalizada nos idos de 1941. O granito do monte Rushmore está entre os mais duros do mundo. Com cada ídolo medindo entre 15 e 21 metros, os operários trabalharam lapidando a rocha bruta de maneira instrumental e antiga a 150 metros do chão, cerca de 450 mil toneladas foram retiradas com dinamite, o resto foi talhado com cunhas de aço e as marcas foram removidas depois com pequenos revólveres de ar.


         Curiosidade: ao invés de receber as famosas faces de seus líderes políticos, no ano de 1923 o historiador Doane Robinson da Sociedade Histórica de Dakota do Sul expressou o desejo de esculpir personalidades do velho-oeste americano, como por exemplo Búfalo Bill. No entanto, a proposta foi posta de lado e o intuito de homenagear e atrair a atenção e o apoio patrióticos americanos prevaleceu.


Apesar de sua importância o Monte Rushmore, ainda permanece envolto em polêmica com os nativos norte-americanos uma vez que o território fora tomado da tribo Lakota Sioux após a Guerra de Black Hills, em 1876 – (Ref. Hist.). O Tratado do Fort Laramie de 1868 já havia reintegrado  o território de Black Hills à tribo Lakota perpetuamente.
O Memorial “Cavalo-Louco” (Crazy Horse Memorial) está sendo construída em um outro lugar nas Black Hills, para homenagear um líder nativo americano.
- Atualmente manutenção do memorial requer que alpinistas escalem o monte para monitorar e selar as fissuras causadas pela erosão. 
- O memorial recebe cerca de três milhões de visitantes por ano.
- Apesar de ser uma região montanhosa, não existem vias de escalada na região do Monte, sendo então o acesso proibido.
- Houve uma tentativa de escalada pelas faces em manisfesto de um grupo ambiental.

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